domingo, 27 de junho de 2010

Diário de Bordo


Por amar demais,
minha nau foi abandonada em alto mar.
Fiquei sem rumo e sem respostas.
No início, tristeza e solidão.
Naveguei por mares sombrios e perigosos.
Sem forças, pensei em desistir.
Minha nau quase foi destroçada.

Por amor ao espírito que habita em mim, continuei.
Icei velas, mudei a rota.
Os ventos ajudaram e, determinada, prossegui.
Durante o percurso coragem e fé.
Meu espírito renovou sua força.
Minha nau encontrou sua direção.


Avistei o porto e nele rostos conhecidos, ansiosos.
Baixei âncora, refleti, orei...
Deus, oh Deus não me abandonaste,
me deste oportunidade de lutar e vencer.
Mar calmo, brisa suave, nau inteira, novos rumos...
Eu sobrevivi e aprendi:
nunca amar demais.

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