sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!


Enfim, chegamos ao último dia do ano de 2010. Mais histórias para contar, mais experiências arrumadas nessa nossa bagagem chamada Vida, mais expectativas em relação às novas e esperadas vivências, que virão com o nascimento desta criança chamada 2011.

Enterremos, então, este velho ano que, com toda sabedoria, nos ensinou. Ensinou ora com delicadeza ora com severidade. E como aprendemos! 

Cada ano que vai, deixa suas marcas em nossas vidas. São meses, anos, dias, horas, minutos e segundos que travam conosco aquela velha batalha com o nosso tempo aqui, neste mundão de meu Deus, como diz minha mãe.  Cada novo ano que vem, é uma dádiva a ser desfrutada com a sabedoria adquirida com o ano que se foi.  

Este tempo que conhecemos como Ano, ao nascer, nos pega pela mão e nos convida para uma caminhada por um período de doze meses.  Somos peregrinos! E nesta condição, somos guiados e aprendemos muito com esses senhores que conhecemos por números. Nesta caminhada há encontros e desencontros, tristezas e imensas alegrias, ganhos e perdas... Escalamos montanhas escarpadas, passamos por vales perigosos, florestas assustadoras, mas também nos  encantamos em bosques floridos e perfumados, nos banhamos em riachos de águas cristalinas e conquistamos prêmios significativos ao atravessarmos com persistência e coragem rios caudalosos. 

Na caminhada da Vida, o amigo Ano nos presenteia com o seu tempo para aprendermos as lições, alcançarmos metas e assim, descobrirmos que nossa felicidade depende de uma escolha pessoal, que não podemos e nem devemos colocar nas mãos de ninguém. Como nos lembra Drummond, " É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre".

Agradeço a Deus ter me proporcionado mais um ano nesta caminhada ao lado de minha família,  todos os momentos de felicidade, os momentos de tristezas que me fizeram amadurecer, os novos amigos que fiz, os antigos que amo e continuam celebrando comigo este elo tão nobre chamado AMIZADE, o trabalho que realizei com os meus alunos no primeiro semestre, a licença no segundo, que foi aproveitada em viagens muito significativas... Muito mesmo tenho para agradecer!
2011 tá nascendo! Tenho novas e importantes metas. Sinto-me motivada  e algo em mim está gritando que 2011 será diferente. Será o ano de cortar amarras e abrir os braços com amor para os presentes da Vida.

Para finalizar o texto e o ano, quero presentear meus amigos blogueiros e seguidores com um lindo poema de Carlos Drummond de Andrade.

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade


Feliz Ano Novo!  Feliz Caminhada!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal em família



Já contei aqui que minha família parece com aquelas famílias italianas bem barulhentas e que tudo se transforma em motivo para nos reunirmos. Estarmos juntos é essencial! Imaginem, então, como o Natal é ansiosamente aguardado por esta família católica e o enorme significado que esta data tem para todos nós.

O Natal de minha família começa muito antes da data tão esperada. Um mês antes, marcamos um almoço para armarmos a árvore e cada um já sabe que, para este evento, terá que levar, além de uma colaboração para o almoço, um enfeite novo para a árvore. Após o almoço, reunimos as crianças para começarem a enfeitar a árvore e depois cada adulto vai colocando seu enfeite e realizando um pedido para o novo ano. É muito legal! As crianças adoram a farra e os adultos se divertem. Aproveitamos também o almoço para sortear o amigo secreto das crianças e dos adultos.

Na noite de Natal, todos chegam cedo. As crianças ansiosíssimas aguardam a chegada de Papai Noel que, claro, não pode faltar, mas elas já sabem que antes do Papai Noel dar o ar da graça, temos que celebrar e homenagear o aniversariante. Uma hora antes de meia noite, reunimos todos para oração, leitura do Evangelho, comentários e agradecimentos. Cada um faz seu agradecimento individual a Deus, desde o mais novo até os avós. Após o momento de oração, todos se reúnem em volta do bolo de aniversário e  cantam Parabéns para Jesus com muita alegria. Depois, hora da Ceia, e neste momento, tudo é alegria, comilança,  bebida liberada (adorooooooo...rs), fofoquinhas familiares engraçadas, crianças correndo entre os adultos... Enfim, uma noite verdadeiramente especial!  

Como em toda família, presentear é uma maneira de mimar quem amamos. Logo após a ceia, realizamos o amigo secreto. E a cada ano é mais divertido e engraçado.

Enquanto as crianças estão entretidas com os presentes que ganham de amigo secreto, meu primo, que é uma figura hilária e, por isso mesmo, foi eleito há alguns anos o Noel da família, aproveita para  vestir seu traje natalino. O ano passado ele descobriu uma roupa de Papai Noel inflável que fez o maior sucesso. Vestido a caráter para tão nobre missão, recebe dos pais das crianças os presentes, coloca-os no saco do bom velhinho e sobe no telhado, com a ajuda, é claro, de meus irmãos. As crianças, avisadas da chegada de convidado tão esperado, ficam com os olhos pregados no telhado. E como é bonito parceber a emoção dos pequenos, quando o nosso Noel aparece gritando seu ho,ho,ho! É um momento mágico para eles. Bem verdade que minha tia todo ano fica agoniada pensando que seu filhote vai se acidentar, isso quando não fica gritando que ele vai destruir as telhas...rsrs Mas, apesar das loucuras da tia, tudo dá certo e mesmo depois de descer do telhado, cambaleando um pouco devido ao nível etílico do bom velhinho está, digamos assim, um pouquinho alto, Noel chega intacto, senta em sua cadeira e chama cada um para sentar em seu colo e receber os presentes. Engraçado é quando chama os adultos também para sentar no colinho. Nosso Noel ama sua missão natalina e realmente incorpora o personagem de forma muito divertida! A proporção que as crianças vão crescendo acabam descobrindo quem é o Noel, mas sempre colaboram para os menores não perderem a fantasia.

Sei que essas comemorações natalinas marcarão para sempre a vida dos pequeninos, assim como marcaram a minha vida, de meus irmãos e de meus primos. Vivenciando estes momentos no Natal, desde a mais tenra idade, as crianças desta família crescem reconhecendo o verdadeiro significado no nascimento de Cristo. Assim seja!

Aproveito para desejar a todos os meus seguidores e amigos blogueiros um Natal repleto de Paz, muito Amor e em família!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Shopping, tô fora!


No sábado, tive a "feliz" ideia de levar meus sobrinhos ao cinema. E não contente com a ideia "brilhante", ainda convidei meu irmão, minha cunhada, seus dois pimpolhos, minha mãe e minha irmã. Na verdade esta ideia surgiu, pois esqueci completamente que estamos no fatídico mês de Dezembro. Se tivesse me lembrado deste detalhe, teria sugerido um programa mais saudável, ao ar livre, como um parque por exemplo. Resultado: metade da família comprou a ideia de um cineminha num shopping, em dia de sábado, no turno da tarde. Pronto, meu destino cruel estava selado!

Minha mãe e minha irmã, que amam rodar em shopping, escalaram meu irmão e minha cunhada para cuidarem das crianças no cinema e a mim para o tal passeio,  a fim de realizarem algumas comprinhas de Natal. Por amor, se faz tudoooooooooooooo mesmo! Como não iria decepcionar as "alucinadas por shopping" de minha família, fiz uma oração e encarei aquela tarde de sábado como uma penitência de alguns pecadinhos que venho cometendo.

Nunca fui adepta a passeios em shopping, a não ser, é claro, para um cineminha. Aquela história de ficar rodando em shopping, simulando um passeio agradável não é mesmo minha cara. Deixo isso para as dondocas de plantão e para mulheres que adoram olhar vitrines, o que parece ser a maioria no universo feminino. Em minha família, sou a exceção. Por ser uma pessoa muito prática, quando vou ao shopping fazer compras, geralmente já sei o que vou comprar e onde, isso se não puder mesmo comprar em  outros lugares, sem ter que colocar meus pezinhos no tal shopping. Só depois que inauguraram a Saraiva, me tornei mais assídua, pois uma leitura agradável saboreando um café ou um delicioso vinho, é um excelente programa para uma tarde num shopping.

Imaginem, então, minha felicidade numa tarde de sábado, às vésperas do Natal. Aff... como sempre, um horror! Muita gente "passeando" com aqueles olhos brilhando de tanta excitação, excitação esta que faz a boa educação passar a quilômetros de distância, pois as pessoas ficam tão alucinadas que levam tudo e todos que estão pela frente, tomei vários encontrões sem nem ao menos uma expressão de arrependimento. Desculpas? Nem pensar!  Atitude inexistente para a maioria dos viciados em "dia feliz de compras no shopping". Isso sem falar nas lojas entupidas e vendedores mal humorados, daqueles que a menor intençao de uma simples informação os transformam em leões furiosos e famintos nas arenas da antiga Roma, olhando-nos como presas, por não termos tido a "sensibilidade" de não incomodá-los. Neste dia, ao solicitar uma informação sobre o valor de um vestido, a expressão da vendedora foi tão "agradável" que parecia que eu tinha pedido seu namorado emprestado. E haja fila, calor, disputas pelo último exemplar de algum produto, como se estivessem em um Campeonato Mundial de Compradores mais agéis e habilidosos do Natal. E viva o espiríto natalino consumista! Esse, consegue realmente embotar o verdadeiro espírito do Natal.

Para piorar ainda esta situação, este "passeio" foi num shopping que, a depender do piso em que você esteja, a coisa vai ficando muito mais difícil. O térreo é o verdadeiro Inferno de Dante, mas para minha "alegria" extrema, minha mãe, que ama todos os espaços do tal shopping, não poderia mesmo, de jeito nenhum, deixar o térreo para outro dia. Tinha que ser no sábado de penitência da fofa aqui. Acreditem, por amor, resisti bravamente e sorrindo!

Espero não passar mais nem perto de um shopping até o fim deste mês, ou pelo menos, até o Natal. Minhas comprinhas? Serão feitas em shoppings bem menores e menos agitados, porque penitência tem limite e meus pecadinhos não são daqueles mortais!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

De volta pro meu aconchego


Estou de volta a minha terra! Cheguei ontem, depois de dois voos, um deles de cinco longas horas. Aff... Quase me senti uma comissária de bordo! Mas, apesar do cansaço... Obaaa! Estou em solo soteropolitano novamente!

Esse período que passei em Carajás foi muito produtivo. Apesar da imensa saudade da família e dos amigos, foi um momento que, folgando de minhas atividades laborais, junto a pessoas que amo e num lugar bucólico e inspirador, pude marcar um encontro comigo, desfazer malas emocionais, renovar esperanças e a fé. Fiz novos e queridos amigos, aprendi e ensinei, fui menina frágil no colo da mãe, tia amorosa e, às vezes, chatinha, irmã cúmplice, amiga conselheira e, muitas vezes, aconselhada, baladeira de plantão... Enfim, foram inúmeras experiências arrumadas na bagagem de minha vida. 

Voltei cheia de expectativas em relação a este verão maravilhoso que tá chegando e avisa que guarda muitas surpresas. Uau! Não vejo a hora de pegar as minhas prainhas e celebrar a vida nas festas desta cidade, pois como boa soteropolitana que sou, nunca esqueço que " a cor desta cidade sou eu, o canto dessa cidade é meu" e eu, claro, tomo posse com alegria! rs 
 
 
 
A força de meu espírito venceu a fragilidade! Brindemos a isso, de preferência, com uma skol gelada, comendo um delicioso acarajé no Rio Vermelho (hum, que saudadeeeee!!!!)! rs

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fragilidade

Sou forte
Será?
A força esconde a fragilidade
Fragilidade é sinônimo de dor
Dor? Quem a quer?
Fujamos disso!

Tento loucamente
Mas, fugir, às vezes, cansa
E quando o cansaço é insuportável
Ventos que até parecem brisas suaves
Me levam em direção ao inevitável.

Lágrimas, tristeza
A condição humana me permite!
Deixo a força inabalável para os deuses
Fragilidade exposta, dor 
Noite escura...

Que fazer?

Expurgar tristezas
Recolher seu espólio
Reconstruir
Recomeçar
Ser humanamente Forte

Certeza? O Sol nasce e renasce.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amores e Pássaros

Estou lendo o segundo volume do livro Cartas entre Amigos do excelente educador Gabriel Chalita e de Padre Fábio de Melo. No livro anterior, eles trocam cartas lindíssimas com o tema Medos Contemporâneos e neste, passeiam juntos sobre o tema Ganhar e Perder. Textos inteligentes e impregnados de sensibilidade. Textos profundos, onde os autores, muitas vezes, se valem de escritores, filósofos, poetas, cancioneiros, a fim de enriquecer mais ainda suas linhas. Enfim, uma troca de sabedoria nascida de experiências com o semelhante, repleta de verdade e da fé que os autores abraçam.

Hoje lendo uma das cartas do excelente Gabriel Chalita, onde ele faz uma reflexão sobre relações amorosas, me deparei com um olhar sensível e que se encaixa perfeitamente em tudo que acredito sobre amar e ser amado.

"... Estranho laçar alguém com o trunfo de uma pertença, como um caçador. E depois empalhar para não ter riscos. Um pássaro vivo pode voar. Um pássaro empalhado fica sempre no mesmo lugar. Um pássaro vivo, entretanto, canta, brinca, pula e voa. E seu voo tem volta se o espaço do aconchego for oferecido.

Se o pássaro quiser ir, amigo, o melhor é abrir as mãos e ter a dignidade de dizer adeus. A despedida será dolorosa, mas o tempo se encarregará do necessário. Prender o pássaro, empalhar o pássaro é perder o tempo da delicadeza... O tempo da delicadeza é o tempo dos amantes cujos amados não estão enfeitando prateleiras, mas estão em construção. Têm movimento. Exalam aroma. Perfumam. Voam..." (Gabriel Chalita)

Lindo!

Amar e ser amado é uma troca de sentimentos e não um cárcere, onde temos direitos absolutos sobre o outro. O outro, a quem amo, é um indivíduo único que compartilha um sentimento comigo. Ele não é meu. Ao contrário, o sentimento que nos une nos liberta para sermos verdadeiramente quem somos, sem máscaras.

Liberdade deveria ser a palavra-chave de qualquer relação. Liberdade de SER. Preciso ter liberdade de escolha entre ficar e voar. E se fico, por vontade própria e não por qualquer outro sentimento que me oprima, me liberto para que possamos voar juntos, sem medos e inseguranças, nos apropriando do tempo da delicadeza. Do contrário, no final, o que resta de uma história de amor, onde um pássaro é engaiolado, é um cocho cheio de mágoas e ressentimentos

Sei, por experiência própria, o quanto é doloroso o adeus quando o pássaro decide voar sozinho ou em outra companhia. Mas, se tentamos, desesperadamente, evitar o voo do outro, acabaremos por esquecer que, mais amadurecidos, poderemos alçar voos mais altos e mais bonitos. A dignidade e liberdade de um voo solitário nos prepara para voarmos em nova companhia.

"Amor só dura em liberdade". E dura o tempo que tem que durar. E que esse tempo seja sempre o tempo da delicadeza.

Recomendo os dois livros aos amigos que, como eu, apreciam uma boa e reflexiva leitura.

sábado, 20 de novembro de 2010

Mais um elo da Corrente do Bem


A ideia é responder à pergunta de forma criativa e original, publicando
o selo no blog e repassar pra mais cinco amigos blogueiros.


Fico feliz nas partidas em busca do novo: novos lugares, novos amigos e, às vezes, até novos amores e mais feliz ainda nos abraços saudosos, carinhosos e acolhedores daqueles que amo nas chegadas.

As chegadas nos preparam para novas partidas.

Repasso carinhosamente para:

Antonio Henrique - Um guia de como viver bem
Reinaldo Vietry - A frivolidade é salutar
Waykiri Garcia - Entre Olhares
Carla - Particularidades
Gleidson Melo - Enseada dos Pensamentos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Insônia


Quem nunca passou pelo sofrimento de uma noite todinha em claro, sem um sinalzinho sequer de sono? Até eu, que sempre tive fama de dorminhoca, ando treinando para ser coruja. Acho que depois de algumas décadas de vida, com tantas experiências acumuladas para serem refletidas, precisamos de uma horinhas a mais, mas, vamos combinar que não precisamos passar uma noite inteira, que antecede um dia de trabalho, refletindo. Deixemos isso para os filósofos!

Desde que comecei esse meu cursinho básico para corujas, já tentei vários métodos naturais para pegar no sono de jeito, mas confesso que não obtive muito êxito. Tentei desde contar os famosos carneirinhos, que sempre são substituídos pelos sorrisos dos astros mais bonitos de Hollywood ( é claro que o de Brad não pode faltar! rs) até suco de maracujá e chás de camomila e erva doce.Tenho uma amiga que sempre me diz que não tem remédio melhor para insônia que sexo e concordo que é muito relaxante, mas confesso que, nesse caso, fico mais espertinha e aí é que o sono não chega mesmo.

Não que eu passe todas as noites sem dormir, porém pegar no sono custa e, quando consigo, já passou bastante das duas da manhã. Agora, que estou de licença. tá ótimo! Durmo tarde , mas em compensação acordo um pouquinho tarde também ( vida dura...rs), mas, quando estou trabalhando,  é um verdadeiro tormento, pois realmente fico muito inquieta e cansada durante o dia. Tenho que acordar cedo e acabo tendo pouquíssimas horas de sono reparador nos braços de Hipnos e de Morfeu. O pior é que quanto mais penso no horário, mais o sono teima em não me visitar. É um liga e desliga a TV, um rolar na cama fechando os olhos com força, rezando para o relógio desacelerar e não permitir que o despertador me encontre, na curva da noite com a manhã, com os olhos abertos desde o dia anterior.  Isso sem falar nas famosíssimas e incômodas olheiras. Argh.... Que feio! Fico com aquela cara de ressaca ser ter bebido.

A insônia também tem seu lado bom. Aproveito o horário noturno para ler, escrever, realizar trabalhos pendentes, ouvir música, assistir filmes, pensar nesta minha louca e apaixonante vida. Às vezes. dá até para bater um papinho por telefone com um amigo, que também sofre do mesmo mal. Enfim, acabo tendo algumas noites bem produtivas, muito embora ter uma boa noite de sono, recheada de sonhos bons seja muito mais saudável e menos estressante no dia seguinte.

Já me conformei com esta minha rotina noturna, acredito que seja algo ligado a hormônios ( idade é cruel meus amores) e nem estou muito a fim de investigar as causas de minha insônia, talvez eu me depare com diagnósticos nada favoráveis a minha atual condição de mulher solteira, porque aí a solução, que pode ser um ombro masculino e umas costelas quentinhas para me aconchegar, vai ficar ao encargo do tempo e do destino. Pensando bem, talvez minha amiga tenha razão!

Enquanto o destino não cumpre seu papel, aceito novas sugestões, naturais é claro, para que os deuses Hipnos e Morfeu venham me visitar mais cedo e com mais assiduidade.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Salto Alto

Admiro muito mulheres que tem o dom para usar um bom salto alto. Dom sim, porque se equilibrar em verdadeiros andaimes como alguns saltos me parecem, é realmente um dom. Não sou nem um pouquinho adepta a este tipo de calçado e só os uso quando não tenho jeito mesmo, naquelas ocasiões em que as minhas rasteirinhas seriam motivo de olhares reprovadores. Não que eu seja uma pessoa que me importe muito com opiniões alheias, porém vivo numa sociedade em que certas ocasiões pedem mesmo o tal do salto alto. E vocês precisam me ver um dia em cima de um deles. É uma cena hilária! Quase não me locomovo e fico parecendo um peixe fora d'água.

Salto alto requer tipo físico e elegância, é claro. Meu estilo é outro. Gosto mesmo de vestidos e rasteirinhas básicas. Combinam mais com meu espírito livre e um pouquinho rebelde, mas tenho que concordar que um bom salto alto, usado com estilo e elegância, é muito sensual e faz alguns homens perderem a cabeça e outras cositas mais.  Talvez eu não faça um homem perder o juízo usando minhas rasteirinhas, mas, com certeza, os que já me observaram usando um salto agulha, estão correndo até hoje.

A história do salto alto é bem antiga. Os primeiros foram encontrados em uma tumba no Antigo Egito e, provavelmente, caracterizavam posição social, assim como na Grécia Antiga e no Japão. Em 1926, o imperador Hirohito foi coroado usando sapatos com plataforma de 30 cm de altura, façanha que deve ter sido fruto da tal disciplina oriental. 

A história também nos revela que saltos altos estão relacionados à sexualidade.  Na Antiga Roma, as prostitutas eram identificadas por usar saltos altos. Já as odaliscas turcas eram obrigadas a usar este tipo de calçado para não conseguirem fugir dos haréns. Se fosse nos dias atuais, essa tática não funcionaria, haja vista as mulheres que conseguem atravessar o sambódromo sambando elegantemente em cima de saltos pra lá de agulhas. É de se admirar mesmo! Gostaria muito de possuir este talento, mas vou rezar para que, em alguma outra vida, possa voltar mais esguia e elegante podendo assim me equilibrar sobre um Luís XV com a mesma mobilidade e desenvoltura que tenho quando estou descalça.

Mas, iniciei este post sobre saltos altos, pois estou muito impressionada com a população feminina desta cidadezinha paraense na qual me encontro. Aqui, as minhas rasteirinhas são vistas quase como um ato subversivo. Acreditem, até para fazer umas comprinhas no mercado da esquina, e atentem para o fato que a cidade é tão pequena que qualquer lugar é ali na esquina, as mulheres usam salto alto. Não, não são saltinhos, são saltos daqueles que nem consigo me levantar depois que calço. Parece que é uma regra do lugar. Observo estes saltos na igreja, no clube ( podem acreditar!), na padaria, na farmácia...Enfim, o código de feminilidade desta cidade é o salto alto. Catarina de Médici, a quem é atribuída a invenção do salto alto, ficaria encantada se pudesse passar um dia aqui, entre tantos exemplares modernos de sua famosíssima invenção. Não tem peso, altura, tipo e tamanho de pé ( rechonchudos para entrarem num bico fino dão trabalho, além de ser ridículo) que impeçam a ala feminina desta cidade de cultuar o "santo salto alto". É impressionante!

Sei que minha rasteirinha, às vezes, não é muito compreendida, como aconteceu na Primeira Comunhão de meu sobrinho no domingo, mas, apesar de admirar o dom do salto alto que o mulherio paraense tem, não me torturaria horas a fio numa missa com um sapato desconfortável de jeito nenhum.



E viva o conforto das rasteirinhas!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Inferno Astral X TPM


Sabe aqueles dias em que vc acorda e tem a sensação que não deveria levantar e sair do quarto nem para encontrar o Brad Pitt? Pois é, meus amigos, hoje é um dia desses em minha vida. Meu signo deve está atravessando algum inferno astral e ainda teve a petulância de parar para bater um papinho com algum outro signo desafortunado. Um consolando o outro!

Para começar, não dormir direito tendo uma série de pesadelos sem nexo, me torturando durante as horas em que eu deveria estar tendo o meu sagrado descanso. Com toda certeza, algum espírito bem engraçadinho, resolveu se divertir às minhas custas. Daí, já viram né? Acordei, não, não acordei, levantei com um mau humor daqueles de dar inveja a qualquer velha rabugenta. Mas, como sou uma pessoa que sempre acredita que Deus me presenteia todas as manhãs com um dia inteirinho para ser feliz, rezei, agradecendo por mais um lindo dia e encarei minha TPM de frente, sem medo de ser feliz.

Tomei um cafezinho, acreditando que o tal do signo já tinha passado pelo inferno astral e melhorei o humor. Como hoje era o dia para resolver todas as pendências referentes a pagamentos, afinal de contas estou no Pará e precisava pagar minhas continhas através de depósitos, decidi dar uma caminhadinha básica antes de encarar os dois bancos que estavam programados em minha listinha de afazeres. Foi aí que meu dia estressante realmente começou!

Ao sair de casa, percebi que o tempo estava um "tiquinho" frio, mas achei que era por causa do horário e, decidida, botei o pé na estrada. Qual não foi minha surpresa quando percebi que a neblina estava aumentando, a ponto de fazer surgir um certo temor de não enxergar um palmo diante de meu nariz. Quase tropecei numa pedra e beijei um poste! Mas, segui confiante que as coisas iriam melhorar, era só continuar caminhando e caprichar mais nas orações.

Depois da caminhada às cegas, entrei no Bradesco para realizar uma parte das tarefas que teria pela frente e adivinhem, como não poderia deixar de ser num dia desses, a fila estava enormeeeeeeeeeeeee, mas continuei confiante, pois não sou mulher de entregar os pontos, apesar de estar com cólica e um "tantinho" irritada por causa da TPM. Quando, finalmente, consegui me ver diante da máquina, eis que aparece um aviso que eu teria que me dirigir a outro terminal, pois aquele entraria em manutenção. Pensem como fiquei agradecida com o aviso ao notar o tamanho da outra fila. Tudo bem, me resignei a esperar a outra fila. Consegui bravamente chegar em frente a outra máquina e realizar a transferência, mas na hora em que fui realizar o saque, a máquina me fez o grande favor de bloquear meu cartão. Imaginem todos os palavrões que me vieram a mente neste instante e só não os pronunciei porque não tenho este hábito e além disso, estava com minha mãe que, com certeza, não aprovaria e nem saberia o  significado da metade das palavrinhas que pensei.

Entrei no banco para tentar solucionar o problema do cartão com o gerente, este, todo solícito, me indicou o guichê onde eu poderia realizar o desbloqueio do cartão. Meus amigos queridos, quando olhei para o local indicado, quis sentar no colo dele e chorar. Era uma fila quilométrica! Mas, novamente, caprichei na oração e fui decidida a não esmorecer. Quase duas horas depois, quando finalmente o "quase anão" que, com certeza, foi fruto de cruzamento de lesma com tartaruga, decidiu me atender, me deu a gentil e agradável notícia que eu precisava ter em mãos meu documento de identidade que, para minha felicidade eterna, tinha deixado em casa. Quase tive um filho de fórceps pelo nariz! Disse-lhe que iria em casa para pegar a tal identidade, mas que ao voltar não pegaria mesmo aquela imensa fila novamente. Ele concordou, também com aquele meu olhar de fuzilamento, acredito que ele ficou com medo que eu voltasse com a identidade e uma AR-15 para fazê-lo refém até o meu problema ser solucionado.

Bom, resolvido o problema no Bradesco, mais aliviada e calma, me encaminhei ao Banco do Brasil para realizar um DOC e mais depósitos. Outra fila, mais cólica, menos paciência e o jeito era mesmo rezar. A parte do depósito foi tranquila, mas aí tinha ainda o DOC, que teria que ser realizado no caixa. Senha 670, chamando a 614. Mais espera, mais cólica, paciência zero, TPM e mau humor do Capitão Caverna. Quando, finalmente, o tão esperado número apareceu na tela, quase voei no pescoço do caixa, agradecida por aquele momento ter chegado, mas, para minha grata surpresa e de acordo com o dia, o caixa  me diz sorrindo que eu precisava ter o CPF do favorecido. Perguntem se eu tinha.... Claroooooooooooooo que não! Resultado: como não tenho como entrar em contato com o favorecido, terei que ir amanhã a uma cidade próxima, que tenha uma agência da Caixa Econômica Federal, para resolver este problema.

Agora estou em casa e não pretendo sair para lugar nenhum até amanhã, porque do jeito que o dia iniciou, tenho medo de sair e ser abduzida, me deparar com uma onça ou qualquer coisa parecida.

O jeito é reforçar mesmo as orações para este dia terminar logo! 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Próxima parada: Pará

Acabei de fechar minha mala para mais uma viagem. Desta vez, estou indo para Carajás, no Pará, passar uma temporada com minha mãe, irmã e sobrinhos. Imaginem minha felicidade! Mais ainda por estar indo na companhia de meu filho, que ainda não conhece a famosa Carajás.

Desfrutar desta viagem com ele será um imenso prazer. Isso sem falar na emoção da avó por tê-lo pertinho no dia de seu aniversário.

Minha mãe fará aniversário na próxima segunda-feira, 1º de novembro, Dia de Todos os Santos. Esta sábia e abençoada senhora, que fará 71 anos, não poderia mesmo ter nascido em outro dia.

Para comemorar data tão especial, minha irmã organizou, junto com os amigos da igreja, uma big festa, e não poderia ser diferente, pois a minha mãe é quase uma celebridade na cidade. Ela está muito feliz, mas me confessou que a maior felicidade é ter o neto que criou, e a quem ama como filho preferido, neste tão importante evento.

Na verdade a ida dele era para ser uma surpresa, mas vamos combinar que o coração 7.1 dessa senhora, talvez não suportasse tanta emoção, então, eu e minha irmã decidimos contar e mesmo assim, desde o dia que contamos,  ANSIEDADE é o nome e ALEGRIA o sobrenome dela.

Depois conto tudo sobre a festa que, com certeza, será um verdadeiro acontecimento na cidade!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Livros e Filmes

Amo cinema, mais ainda quando o filme é baseado em alguma obra literária e, nesse caso, prefiro ler o livro antes de assistir o filme.

Sempre percebi que, na maioria das vezes, a obra cinematográfica não é fiel ao texto. Imagino que não seja muito fácil sintetizar um livro a fim de transformá-lo num roteiro e ainda de brinde transportar para a telona o olhar e toda a emoção do autor ao escrever sua obra. Mas, como toda regra tem lá suas exceções, até ontem eu só havia assistido um filme que me deu a sensação de estar lendo cada palavra do livro “...E O Vento Levou” de Margaret Mitchell. A saga de Scarlett O'Hara, seu romance com Reht Butller e o amor pela terra de Tara. Romance ambientado durante a Guerra Civil Americana, tido por muitos como o maior filme de todos os tempos. Recomendo o livro e o filme para aqueles que não conhecem a história.

Ontem assisti Comer, Rezar e Amar e fiquei feliz ao constatar a fidelidade ao livro. Li o livro numa época que estava passando por frustrações e buscas semelhantes às da autora, sem as viagens, é claro...rs, por isso me marcou muito. Quando soube que o texto tinha sido roteirizado para o cinema, tendo a excelente Julia Roberts no papel da autora, fiquei na expectativa e confesso que, mais uma vez, não acreditava muito que fosse me surpreender. Mas, pela segunda vez, tive a grata surpresa de vivenciar as mesmas emoções que tive ao ler o livro. Vale mesmo conferir a fiel representação das vivências de Elizabeht Gilbert, que teve a coragem de sair pelo mundo em busca de seu mundo interior, descobrindo caminhos através de experiências gastronômicas, espirituais e, principalmente, afetivas.

Hoje acabei de ler o novo livro desta autora: Comprometida. Comer, Rezar e Amar conta a busca de Elizabeth por ela mesma, Comprometida é a história do que ela encontrou depois. Uma irresistível história romântica contada com bom humor e sabedoria. Uma verdadeira meditação sobre o amor e, principalmente, sobre casamento. Amei! Espero que esta história também nos emocione no cinema.


 Recomendo mais uma vez os livros e o filme!



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chapada Diamantina



A Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.

Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase. São tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira,  praticar esportes e aventuras.

A cidade mais visitada é Lençóis, cidade que surgiu em meados do século XIX com a descoberta de muitas jazidas de diamantes na região da cidade de Mucugê.

Visitar a Chapada Diamantina, e mais precisamente a cidade de Lençóis, era um antigo sonho que, finalmente, consegui realizar. Mais um item daquela minha listinha de realizações no período de licença, lembram? Pois é, foi realmente um momento desses inesquecíveis, que a gente guarda naquele baú de recordações especiais.

Nunca fui muito fã de mato, meu negócio sempre foi praia, mas como sempre acreditei que temos que vivenciar o máximo de experiências nesta louca e curtíssima vida, há muito tempo nutria o desejo de conhecer a tão famosa Chapada Diamantina. Confesso que pensava muito sobre as tais trilhas e só de pensar, já ficava cansada, mas como sou muito determinada, decidi encarar mais esta aventura, afinal de contas, também fazia parte do pacote o festival de música.

Pois bem, realizei as tais trilhas com louvor, apesar de sempre chegar por último e com a língua do lado de fora. Era realmente uma cena! Mas, como não existe conquista sem esforço, valeu muito cada respiração ofegante, cada dorzinha nas perninhas curtas e grossinhas, teve uma hora que elas nem respondiam mais o meu comando...rs. Valeu pelas paisagens deslumbrantes que tive o imenso prazer de admirar, valeu pelos banhos maravilhosos nos rios, ribeirões e afins. Valeu pelo passeio inesquecível e emocionante na gruta Lapa Doce e, principalmente, valeu compartilhar todo o meu encantamento mais uma vez com Mila, amiga que amo, com velhos e novos amigos. A galera era animadíssima! Todos se tornaram, durante as trilhas, meus maiores incentivadores, torcedores mesmo, pois a atleta de copo aqui, superou todos os limites do corpinho...rsrs

Na gruta Lapa Doce houve um momento muito especial em que o guia apagou a lamparina para que, no escuro, pudéssemos sentir a energia daquele lugar. Foi um momento de oração e contato muito íntimo com Deus. Me emocionei e agradeci muito por tudo que faz minha vida ter sentido: família, amigos, trabalho, momentos como aquele... Enfim, foi uma conversa da criatura com o criador no silêncio de uma caverna.

Vocês poderão me perguntar se eu voltaria lá. Respondo: voltaria sim, só para curtir o festival mesmo. Já dei minha cota de atletismo para a Chapada nesta vida, mas, talvez, em outra, quem sabe....


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lendo, descobrindo e aprendendo


Desde que fui alfabetizada e descobri o maravilhoso mundo das letras não me separei mais dos livros. A literatura se transformou no meu refúgio e prazer. Lembro-me que na infância, todos lá em casa já sabiam, que quando a criança levada não estava aprontando era porque estava encantada com princesas, príncipes, sapos, bonecas de pano e outros personagens que povoaram o meu universo infantil. Minha mãe, entusiasmada com meu interesse pela leitura, incentivava-o me brindando com verdadeiras joias literárias, como os inesquecíveis Reinações de Narizinho, os contos de Christian Andersen e as fábulas de Esopo. Além do estímulo, minha mãe sabia que não tinha nada mais eficaz que a leitura, para deixar a criancinha barulhenta e irrequieta bem tranquila.

Minha paixão pela leitura começou cedo. Revistas em quadrinhos, contos de fadas e as histórias encantadoras de Monteiro Lobato na infância, romances água com açúcar, o suspense de Agatha Christie, os clássicos de Machado de Assis e José de Alencar, os fascinantes e sensuais romances de Jorge Amado na adolescência, depois vieram as biografias, dramas, crônicas e leituras acadêmicas na juventude, isso sem falar na poesia que sempre foi o tempero a mais nesta minha fome de letras.

Ao longo desta minha viagem cultural através da literatura, fui descobrindo lugares, épocas, vidas interessantes, pontos de vistas diferentes, histórias de amores perdidos e encontrados, o cotidiano contado com humor... Aprendi um pouco sobre culturas, fatos históricos, misticismo, religiões, espiritualidade, teorias pedagógicas e muito sobre a vida pela ótica de vários autores. Continuo descobrindo e aprendendo.

Resultado de tanto estímulo: me tornei, na fase adulta, uma leitora compulsiva e voraz. Às vezes, leio três livros num mesmo período. Quando entro numa livraria não quero mais sair, me sinto assim como uma criança numa loja de doces e brinquedos. Fico realmente fascinada! É um vício mesmo. Pena que não dá para levar vários livros numa só compra.

Neste período de licença, como não poderia deixar de ser, estou atualizando minhas leituras, saboreando cada palavra de um gênero literário que sempre me encantou: crônicas, esse estilo bem humorado de se retratar o cotidiano. Esta semana li dois livros de autores excelentes, dos quais sou fanzoca assumida, e quero recomendá-los aos amigos, que como eu, amam viajar pelas linhas de um bom texto.

 " A solidão não precisa se valer apenas do monólogo. Pode aprender a dialogar, e deve exercitar isso através da arte. Há sempre uma conversa silenciosa entre o ator no palco e o sujeito no escuro da platéia, entre o pintor em seu ateliê e o visitante do museu, entre o escritor e seu leitor desconhecido. Ah, os livros de novo. De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz."  Martha Medeiros - Doidas e Santas





 " A alma é uma grande mar que vai depositando conchinhas no pensamento. É preciso guardá-las. O que torna a conchinha importante não é o seu tamanho, mas o fato de que alguém a cata da areia e a mostra para quem não a viu: "Veja...". Literatura é mostrar conchinhas."  Rubem Alves - Ostra feliz não faz pérola



domingo, 3 de outubro de 2010

Que país é esse?

Prometi e confesso que até tentei não escrever mais sobre as eleições, mas, meus amigos, não vou cumprir tal promessa.

Acabo de ler que um famoso humorista, candidato a Deputado Federal, foi o mais votado do país. Mais de um milhão de votos! Acreditem, mais de um milhão de brasileiros votou num artista do humor que mal sabe ler e escrever. Se não fosse trágico, realmente seria cômico! Nada pessoal contra o artista e muito menos contra o ser humano, mas, assumir um cargo político de Deputado Federal, a quem compete  legislar e manter-se como guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais, inclusive podendo propor, emendar, alterar, revogar, derrogar leis, leis complementares, emenda à Constituição federal e até propor emenda para a constituição de um novo Congresso Constituinte, não dá para acreditar mesmo. Haja bom humor!

Me lembrei muito do saudoso Renato Russo, que já na década de 80, perguntava "Que país é esse?". Pois é, lamento muito constatar que encontramos a resposta em meio ao caos de um povo, que sem oportunidades de ter uma educação de qualidade, por conta mesmo do descaso e interesses políticos bastante convenientes, confirma que para sobreviver neste país só necessita mesmo de pão e circo.

Estou realmente perplexa, mas quero acreditar que talvez, um dia,  os meus bisnetos possam viver num país onde a educação e a saúde sejam prioridades, onde as pessoas sejam politizadas e tenham consciência do verdadeiro papel que exercem na sociedade.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dicionário Pessoal

Alegria – Ser amada
Amigos – Amores escolhidos
Amor - Essência da vida
Beleza - Caráter
Casamento - Inimigo do Amor
Ciúme - Causa mortis do Amor
Defeito - Teimosia
Deus - Amor
Esperança – Chama da vida
Família – Laços de amor
Fé – Alicerce
Felicidade - Viver
Filho – Amor incondicional
Fracasso - Aprendizagem
Grécia - Sonho
Hoje - Dia para ser feliz
Idade - Experiência
Juventude - Espiritualmente eterna
Liberdade - Essencial
Livros - Viagens culturais
Lua - Lembrança de um Amor
Mãe - Mestra
Morte - Certeza
Namoro - Amigo do Amor
Otimismo - Acreditar
Paixão - Força motriz
Praia - Relax prazeroso
Química - Corpos que se reconhecem
Romance - Amor encantado
Sexo - Prazer dos amantes
Sol - Energia
Sucesso - Realizações
Trabalho – Vocação
Tristeza – Amor perdido
Utopia - "Para sempre"
Viagem - Enriquecimento espiritual
Vida - Sopro divino
Vinho - Bebida dos deuses e dos amantes
Virtude - Sinceridade
Xarope - Chatos de plantão
Zero - Nota dos hipócritas, arrogantes e mal amados.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caminhando contra o Vento

Aproveitando que hoje é segunda feira, dia em que iniciamos projetos, comecei a me movimentar a fim de cumprir minha listinha de realizações.

Pois bem, iniciei esta semana cuidando do corpo e da mente com uma atividade física que amooooo: caminhar na praia cedinho, logo que o sol nasce. Como não tenho mesmo paciência e nem disposição para encarar uma academia, resolvi movimentar meu corpo, andando na praia. Confesso que até tinha colocado em minha lista esse item da academia, mas pensando melhor no assunto, risquei e coloquei as caminhadas na praia. Meu espírito pulou de alegria e agradeceu.

Normalmente não gosto muito de andar, mas na praia é outra história. Não sinto nem o tempo passar. Coloco meu fone com uma musiquinha relaxante e saio andando, cantando, respirando, pensando nesta minha louca vida e aproveitando toda a energia que o astro rei me proporciona. Ah...não tem nada melhor para colocar as ideias e os sentimentos em ordem, além, é claro, de ser super saudável.

Voltei desse primeiro dia de caminhada com mais disposição e, principalmente, com alguns sentimentos, que neste fim de semana se tornaram um emaranhado de perguntas sem respostas, mais compreendidos e acomodados, digamos assim. 

Minha amiga Mila, com a qual viajarei para Lençóis, na semana que vem, vai dizer que estou de má vontade com ela, pois ao organizarmos a viagem, a fofa queria me convencer a fazer um roteiro para conhecer a cachoeira do Sossego, pasmem meus amigos, com uma caminhada que levará três horas ( aff... quase passei mal só de pensar...rsrs). Já disse que nem adianta ela ficar em minha frente com a carinha mexendo e os olhinhos rodando, que a tal cachoeira vai ficar lá sossegadinha sem mim..rsrs

Andar na praia é bem diferente que andar no meio do mato!


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pausa para Realizações


Esta semana tive a felicidade de, finalmente, ser liberada para gozar um período de três meses de licença prêmio. Estava esperando por isso já há algum tempo e, claro, me preparando para realizar neste período alguns projetos que estavam guardados lá naquele compartimento chamado " deixa para depois" e o "depois" parece que nunca chega. Pois é , meus amigos, o meu "depois " chegou!

Nunca imaginei essa licença para descansar, isso realmente não combinaria com a pessoa inquieta que sou, afinal de contas, quando me despedir da vida, terei tempo suficiente para isso. Nada de descanso, REALIZAR é a palavra-chave desta licença. E nesta minha listinha de realizações, existem itens que contemplarão a mente, o corpo e mais ainda o espírito. Um dos itens estão guardados desde adolescência, imaginem como faz tempo! rsrs

Quem me conhece sabe que, não poderia faltar neste período, planos de viagens! Conhecer lugares e pessoas é essencial para esse meu espírito irrequieto. Pois bem, o item viagem já está preparadíssimo.  Passagens compradas, hospedagens garantidas e , é claro, excelentes companhias. Um dos roteiros já conheço, mas, desta vez, terei o imenso prazer de desfrutá-lo com o meu filho.  Estou realmente ansiosa e muito feliz! Viagenzinhas simples, por enquanto. Deixei a viagem internacional, tão sonhada, para a próxima licença. Uma viagem para Grécia agora, infelizmente, não deu para encaixar na lista e nem no bolso...buáaa! rs

Meus amigos blogueiros e fiéis seguidores, não deixarei vocês sem notícias! Registrarei, neste meu humilde espaço virtual, todas as minhas novas experiências.

Se por um acaso da vida, não realizar todos os itens de minha listinha, as tentativas sempre valerão a pena! O importante mesmo, é não deixar passar em branco os desejos de realizar projetos novos.
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