quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Próxima parada: Pará

Acabei de fechar minha mala para mais uma viagem. Desta vez, estou indo para Carajás, no Pará, passar uma temporada com minha mãe, irmã e sobrinhos. Imaginem minha felicidade! Mais ainda por estar indo na companhia de meu filho, que ainda não conhece a famosa Carajás.

Desfrutar desta viagem com ele será um imenso prazer. Isso sem falar na emoção da avó por tê-lo pertinho no dia de seu aniversário.

Minha mãe fará aniversário na próxima segunda-feira, 1º de novembro, Dia de Todos os Santos. Esta sábia e abençoada senhora, que fará 71 anos, não poderia mesmo ter nascido em outro dia.

Para comemorar data tão especial, minha irmã organizou, junto com os amigos da igreja, uma big festa, e não poderia ser diferente, pois a minha mãe é quase uma celebridade na cidade. Ela está muito feliz, mas me confessou que a maior felicidade é ter o neto que criou, e a quem ama como filho preferido, neste tão importante evento.

Na verdade a ida dele era para ser uma surpresa, mas vamos combinar que o coração 7.1 dessa senhora, talvez não suportasse tanta emoção, então, eu e minha irmã decidimos contar e mesmo assim, desde o dia que contamos,  ANSIEDADE é o nome e ALEGRIA o sobrenome dela.

Depois conto tudo sobre a festa que, com certeza, será um verdadeiro acontecimento na cidade!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Livros e Filmes

Amo cinema, mais ainda quando o filme é baseado em alguma obra literária e, nesse caso, prefiro ler o livro antes de assistir o filme.

Sempre percebi que, na maioria das vezes, a obra cinematográfica não é fiel ao texto. Imagino que não seja muito fácil sintetizar um livro a fim de transformá-lo num roteiro e ainda de brinde transportar para a telona o olhar e toda a emoção do autor ao escrever sua obra. Mas, como toda regra tem lá suas exceções, até ontem eu só havia assistido um filme que me deu a sensação de estar lendo cada palavra do livro “...E O Vento Levou” de Margaret Mitchell. A saga de Scarlett O'Hara, seu romance com Reht Butller e o amor pela terra de Tara. Romance ambientado durante a Guerra Civil Americana, tido por muitos como o maior filme de todos os tempos. Recomendo o livro e o filme para aqueles que não conhecem a história.

Ontem assisti Comer, Rezar e Amar e fiquei feliz ao constatar a fidelidade ao livro. Li o livro numa época que estava passando por frustrações e buscas semelhantes às da autora, sem as viagens, é claro...rs, por isso me marcou muito. Quando soube que o texto tinha sido roteirizado para o cinema, tendo a excelente Julia Roberts no papel da autora, fiquei na expectativa e confesso que, mais uma vez, não acreditava muito que fosse me surpreender. Mas, pela segunda vez, tive a grata surpresa de vivenciar as mesmas emoções que tive ao ler o livro. Vale mesmo conferir a fiel representação das vivências de Elizabeht Gilbert, que teve a coragem de sair pelo mundo em busca de seu mundo interior, descobrindo caminhos através de experiências gastronômicas, espirituais e, principalmente, afetivas.

Hoje acabei de ler o novo livro desta autora: Comprometida. Comer, Rezar e Amar conta a busca de Elizabeth por ela mesma, Comprometida é a história do que ela encontrou depois. Uma irresistível história romântica contada com bom humor e sabedoria. Uma verdadeira meditação sobre o amor e, principalmente, sobre casamento. Amei! Espero que esta história também nos emocione no cinema.


 Recomendo mais uma vez os livros e o filme!



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chapada Diamantina



A Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais.

Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase. São tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira,  praticar esportes e aventuras.

A cidade mais visitada é Lençóis, cidade que surgiu em meados do século XIX com a descoberta de muitas jazidas de diamantes na região da cidade de Mucugê.

Visitar a Chapada Diamantina, e mais precisamente a cidade de Lençóis, era um antigo sonho que, finalmente, consegui realizar. Mais um item daquela minha listinha de realizações no período de licença, lembram? Pois é, foi realmente um momento desses inesquecíveis, que a gente guarda naquele baú de recordações especiais.

Nunca fui muito fã de mato, meu negócio sempre foi praia, mas como sempre acreditei que temos que vivenciar o máximo de experiências nesta louca e curtíssima vida, há muito tempo nutria o desejo de conhecer a tão famosa Chapada Diamantina. Confesso que pensava muito sobre as tais trilhas e só de pensar, já ficava cansada, mas como sou muito determinada, decidi encarar mais esta aventura, afinal de contas, também fazia parte do pacote o festival de música.

Pois bem, realizei as tais trilhas com louvor, apesar de sempre chegar por último e com a língua do lado de fora. Era realmente uma cena! Mas, como não existe conquista sem esforço, valeu muito cada respiração ofegante, cada dorzinha nas perninhas curtas e grossinhas, teve uma hora que elas nem respondiam mais o meu comando...rs. Valeu pelas paisagens deslumbrantes que tive o imenso prazer de admirar, valeu pelos banhos maravilhosos nos rios, ribeirões e afins. Valeu pelo passeio inesquecível e emocionante na gruta Lapa Doce e, principalmente, valeu compartilhar todo o meu encantamento mais uma vez com Mila, amiga que amo, com velhos e novos amigos. A galera era animadíssima! Todos se tornaram, durante as trilhas, meus maiores incentivadores, torcedores mesmo, pois a atleta de copo aqui, superou todos os limites do corpinho...rsrs

Na gruta Lapa Doce houve um momento muito especial em que o guia apagou a lamparina para que, no escuro, pudéssemos sentir a energia daquele lugar. Foi um momento de oração e contato muito íntimo com Deus. Me emocionei e agradeci muito por tudo que faz minha vida ter sentido: família, amigos, trabalho, momentos como aquele... Enfim, foi uma conversa da criatura com o criador no silêncio de uma caverna.

Vocês poderão me perguntar se eu voltaria lá. Respondo: voltaria sim, só para curtir o festival mesmo. Já dei minha cota de atletismo para a Chapada nesta vida, mas, talvez, em outra, quem sabe....


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lendo, descobrindo e aprendendo


Desde que fui alfabetizada e descobri o maravilhoso mundo das letras não me separei mais dos livros. A literatura se transformou no meu refúgio e prazer. Lembro-me que na infância, todos lá em casa já sabiam, que quando a criança levada não estava aprontando era porque estava encantada com princesas, príncipes, sapos, bonecas de pano e outros personagens que povoaram o meu universo infantil. Minha mãe, entusiasmada com meu interesse pela leitura, incentivava-o me brindando com verdadeiras joias literárias, como os inesquecíveis Reinações de Narizinho, os contos de Christian Andersen e as fábulas de Esopo. Além do estímulo, minha mãe sabia que não tinha nada mais eficaz que a leitura, para deixar a criancinha barulhenta e irrequieta bem tranquila.

Minha paixão pela leitura começou cedo. Revistas em quadrinhos, contos de fadas e as histórias encantadoras de Monteiro Lobato na infância, romances água com açúcar, o suspense de Agatha Christie, os clássicos de Machado de Assis e José de Alencar, os fascinantes e sensuais romances de Jorge Amado na adolescência, depois vieram as biografias, dramas, crônicas e leituras acadêmicas na juventude, isso sem falar na poesia que sempre foi o tempero a mais nesta minha fome de letras.

Ao longo desta minha viagem cultural através da literatura, fui descobrindo lugares, épocas, vidas interessantes, pontos de vistas diferentes, histórias de amores perdidos e encontrados, o cotidiano contado com humor... Aprendi um pouco sobre culturas, fatos históricos, misticismo, religiões, espiritualidade, teorias pedagógicas e muito sobre a vida pela ótica de vários autores. Continuo descobrindo e aprendendo.

Resultado de tanto estímulo: me tornei, na fase adulta, uma leitora compulsiva e voraz. Às vezes, leio três livros num mesmo período. Quando entro numa livraria não quero mais sair, me sinto assim como uma criança numa loja de doces e brinquedos. Fico realmente fascinada! É um vício mesmo. Pena que não dá para levar vários livros numa só compra.

Neste período de licença, como não poderia deixar de ser, estou atualizando minhas leituras, saboreando cada palavra de um gênero literário que sempre me encantou: crônicas, esse estilo bem humorado de se retratar o cotidiano. Esta semana li dois livros de autores excelentes, dos quais sou fanzoca assumida, e quero recomendá-los aos amigos, que como eu, amam viajar pelas linhas de um bom texto.

 " A solidão não precisa se valer apenas do monólogo. Pode aprender a dialogar, e deve exercitar isso através da arte. Há sempre uma conversa silenciosa entre o ator no palco e o sujeito no escuro da platéia, entre o pintor em seu ateliê e o visitante do museu, entre o escritor e seu leitor desconhecido. Ah, os livros de novo. De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz."  Martha Medeiros - Doidas e Santas





 " A alma é uma grande mar que vai depositando conchinhas no pensamento. É preciso guardá-las. O que torna a conchinha importante não é o seu tamanho, mas o fato de que alguém a cata da areia e a mostra para quem não a viu: "Veja...". Literatura é mostrar conchinhas."  Rubem Alves - Ostra feliz não faz pérola



domingo, 3 de outubro de 2010

Que país é esse?

Prometi e confesso que até tentei não escrever mais sobre as eleições, mas, meus amigos, não vou cumprir tal promessa.

Acabo de ler que um famoso humorista, candidato a Deputado Federal, foi o mais votado do país. Mais de um milhão de votos! Acreditem, mais de um milhão de brasileiros votou num artista do humor que mal sabe ler e escrever. Se não fosse trágico, realmente seria cômico! Nada pessoal contra o artista e muito menos contra o ser humano, mas, assumir um cargo político de Deputado Federal, a quem compete  legislar e manter-se como guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais, inclusive podendo propor, emendar, alterar, revogar, derrogar leis, leis complementares, emenda à Constituição federal e até propor emenda para a constituição de um novo Congresso Constituinte, não dá para acreditar mesmo. Haja bom humor!

Me lembrei muito do saudoso Renato Russo, que já na década de 80, perguntava "Que país é esse?". Pois é, lamento muito constatar que encontramos a resposta em meio ao caos de um povo, que sem oportunidades de ter uma educação de qualidade, por conta mesmo do descaso e interesses políticos bastante convenientes, confirma que para sobreviver neste país só necessita mesmo de pão e circo.

Estou realmente perplexa, mas quero acreditar que talvez, um dia,  os meus bisnetos possam viver num país onde a educação e a saúde sejam prioridades, onde as pessoas sejam politizadas e tenham consciência do verdadeiro papel que exercem na sociedade.

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