quinta-feira, 1 de julho de 2010

Carajás


Estou passando alguns dias em Carajás, no núcleo residencial da Vale, no Pará.
A Serra dos Carajás fica localizada no Parque Ecológico de Carajás em plena floresta Amazônica, no município de Parauapebas, Pará. Na serra está localizada a maior mina de ferro a céu aberto do mundo, explorada pela Companhia Vale.
O Núcleo Urbano é uma área residencial subsidiada pela Vale, onde os funcionários da empresa residem. Minha irmã, minha mãe e meus sobrinhos residem aqui e é a segunda vez que visito este lugar encantador.
O núcleo é uma vila que foi projetada num conceito de cidade de primeiro mundo. Aqui, além de nos encantarmos com a fauna e flora da Floresta Amazônica, nos admiramos também com a organização, limpeza, respeito, preservação do meio ambiente... Enfim, tudo que proporciona aos felizardos que habitam este local uma excelente qualidade de vida.
As crianças, desde a mais tenra idade, já  reconhecem as cores referentes a coleta de lixo seletiva. Em cada casa tem os baldes específicos para lixo seco e úmido. No caso do lixo seco tem que se separar também plásticos, papéis, metais e vidros. Existe também uma tabela para a coleta do lixo, programada de acordo com o dia da semana.
A vila é muito limpa e jogar lixo no chão é uma atitude considerada primitiva, quase um crime inafiançável. O meu sobrinho de cinco anos realiza verdadeiras palestras sobre o tema "Como é feio jogar lixo no chão".
 Homem, fauna e flora vivem em perfeita harmonia neste lugar. Coelhos, cotias e quatis  passeiam tranquilamente pela vila e passam por nós quase nos cumprimentando, passarinhos nos acordam com verdadeiros concertos ao ar livre, dignos de fazer inveja a qualquer orquestra sinfônica.
O transporte? Adivinhem como poderia ser num lugar onde as pessoas realmente se preocupam com o mundo que vão deixar para as futuras gerações. Bicicleta, é claro! Todos se locomovem sobre duas rodas. Além de não poluir o ambiente é uma excelente maneira de manter a forma.
As crianças estudam numa excelente escola da rede Pitágoras, que possui projetos pedagógicos muito interessantes voltados para valores e preservação do meio ambiente.
Violência aqui não existe, nada de roubos, brigas, crimes, sequestros... A vila tem sistema de segurança 24 horas. As visitas de parentes e amigos precisam ser comunicadas com antecedência, pois o acesso é restrito.
Os índios de reservas próximas frequentam a vila. É comum vê-los reunidos no bosque, nos restaurantes ou nos mercados.
A vida social se resume as festas no clube, alguns restaurantes, os eventos da igreja, festas de aniversários ou reuniões de amigos em alguma casa. Os mais jovens costumam ir a Parauapebas, distante do núcleo meia hora de carro, onde há mais opções de lazer.
Amooooooooooo este lugar. Quando estou aqui descanso, coloco minhas leituras em dia, escrevo, respiro ar puro e, o mais importante, aproveito cada instante que passo ao lado de minha família e dos amigos que fiz. Só não me acostumei ainda com o frio que faz a noite, mas sempre tem cobertores apropriados além, é claro, do cafezinho quentinho de minha mami. 
O melhor aspecto deste lugar? Aqui estão a minha mãe, a minha irmã e os meus sobrinhos, algumas das pessoas que mais amo e que fazem a saudade se tornar minha fiel companheira quando volto para casa.

                                                         Saudade não se define
                                                         Uma palavra, uma reticência
                                                         Mas se quiser que rime
                                                         Saudade é a dor da ausência.

5 comentários:

  1. Que coisa bonita de se ver, e de se ler tbm. Nem dá vontade de voltar pra real, né?

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  2. Belo lugar, mais belo ainda é poder observar no horizonte distante abaixo das nuves,a curvatura nítida e serena da terra, nave que abriga lugares como este, em plena floresta um pedacinho de silício representando a tecnologia moderna. Lá exite uma civilização de hábitos sádios, costumes respeitosos, é como se puxassemos a cordinha do ônibus e quando o planeta parasse desembarcamos em uma de muitas luas de nosso sistema cultural. Visitantes lá, são alienígenas em busca da paz que a natureza a redor passa, fluidificando cada átomo do ár que chega a ser esverdiado tamanha concentração de clorofíla.
    Eu, observador da longínqua lua Salvador, vejo através do meu teléscópio virtual, o meu sonho de que um dia todas as luas de nosso sistema cultural sejam iguais a esta terra, gráfica dos livos de OSPB e EMC.

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  3. olá Katia meu nome é Cleriston Novaes, eu me emocionei quando ví essa foto. Isso porque eu morei ai; nõo no núcleo mas na vila que ficava ums 5 km daí. mas eu estudava no Colégio Pitagoras e a gente fazia aula de educação fizica nesse clube ai da foto jogeuei muita bola nesse campo. eu morei ai nos anos de 1988 a 1990.
    Foi a melhor faze da minha infancia, um lugar muito tranquilo cheio de animais e belezas naturais. to com muitas saudades daí espero um dia voutar ai de novo.
    Se alguem que visitar esse blog e morou ai na mesma epoca q eu lembrar meu nome e ou quiser fazer contato deixa seu E-mail ou mns.
    Gostei muito de rever esse lugar... Katia se vc tiver mais fotos coloca ai. To com muitas saudades mesmo daí

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  4. Oiiiiiiiiiii meu mais novo amigo blogueiro Cleriston! Muito bom saber que vc tbém já desfrutou dos prazeres deste lugar maravilhoso que é Carajás. Conheço muita gente lá que reside há muito tempo e que , com certeza, vc deve conhecer.
    Para um maior contato me envie um e-mail que lhe mandarei mais fotos!
    katia_tourinho@hotmail.com
    Obrigada pela visita e apareça mais vezes!

    Bjsssssssssssss

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  5. tambem morei ai em 1987 1989 estudei nessa escola saudades.danielle1_miranda@hotmail.com

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