quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Memórias Estundantis

Dia do Estudante. Feriadinho bom !
Lembro-me com saudades do tempo em que não passava de uma estudante cheinha de sonhos, rodeada de amigos e bastante popular.
Sempre fui uma boa aluna. Nada excepcional. Nerd, nem pensar! Gostava de estudar, mas nada que me escravizasse. Desde a mais tenra idade, sempre tive problemas por não querer me adaptar a uma disciplina de horários para estudar (que meus alunos não leiam isso..rsrs). Todas as tardes, mami reunia os filhotes em volta da mesa, para realizarem as tarefas de casa. Eu enrolava que era uma beleza e só fazia no "meu tempo". Esse espírito rebelde me acompanha desde sempre!
Na escola, prestava bastante atenção as aulas e credito meu bom desempenho escolar a isso e, é claro, ao fato de ter verdadeiro pânico a simples possibilidade de perder o ano. Nem nos meus piores pesadelos esta possibilidade poderia existir e meu pai deixava isso muito claro para seus filhinhos e de uma forma bastante convincente. Por causa dessa maneira tão "compreensiva" de papi e, o desvelo e orientação de mami, eu e meus irmãos nos tornamos bons alunos. Por livre e espontânea pressão, nunca perdemos um ano.
Na adolescência, a tal  Matemática era meu pesadelo constante, sempre me colocando em períodos de recuperação e situações nada agradáveis. Minha mãe ficava com o espírito em frangalhos e passava horas desfiando as contas do rosário, solicitando aos santos, digamos assim, mais "antenados" com questões lógicas, que me iluminassem na hora da avaliação. Mami se desesperava, ante a possibilidade da fofa aqui perder o ano e iniciar a terceira guerra mundial " in family". Nessas horas, recorria ao meu tio, um ser humano que, além de "crânio" na famigerada disciplina, tinha muita paciência com minha extrema nulidade para equações, inequações, catetos, hipotenusas e afins. Ele me salvou várias vezes do caos estudantil e de uma boa lobotomia, pois se não fosse assim,  meu pai, com certeza, abriria meu cérebro e colocaria lá todos os conceitos e cálculos matemáticos existentes...rsrs
No curso de Magistério (eta palavrinha feia e antiga...rsrs), quando pensei que fosse me livrar do tal monstro matemático, esbarrei em outro pior, a  Estatística (aff... um horror!). Acreditem, quase não consegui me formar por causa desta disciplina e, para piorar minha situação, ainda resolvi ser um pouco mais rebelde e brigar com o professor (feio, muito feio isso...rsrs), que já não tinha muita paciência. Resultado: fiquei doente, não fiz a última avaliação e, como fui a única inscrita para segunda chamada, o fofo do professor decidiu me mostrar "com quantos paus se fazia uma canoa" como dizia minha avó. Aquela prova era para mestres em Estatística e não para minha humilde ignorância no assunto. Acho que as freiras tiveram que fazer uma pressãozinha daquelas (quem é professor sabe muito bem como é isso) para que eu pudesse me formar com louvor, afinal de contas, era excelente aluna nas outras disciplinas.
Hoje sou professora e todas as minhas experiências estudantis me garantem, na maioria das vezes, uma leitura correta do que acontece no processo de aprendizagem de meus alunos.

Tempo de estudante, esse nos acompanha durante toda vida!

5 comentários:

  1. Nem me lembre desse tempo. Tô pagando por tudo que fiz com meus professores durante os 11 anos da Educação Básica!!!

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  2. É amiga... essa resistência aos numerários hj causa sérios danos... nossos bolsinhos que digam. kkkkkkkkk
    Mas como recompensa, sabemos exatamente como adicionar e multiplicar quando as coisas são boas, reduzir e dividir tudo que é negativo.

    Bjs Pufados♥

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  3. Amigaaaaaaaaaa, amei essa forma de viver a Matemática. Com certeza, somos craques nessas operações fundamentais para sermos felizes! Amooooooo vc! Bjssss

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  4. É amiga, parece sim característica dos taurinos a dificuldade com numeros, a matemática sempre multiplicou meu ano letivo,pois lá estava eu todo final de ano na réré, o que me deixava de cabelos em pé, pois se fosse reprovado no colégia em casa o bicho pegava. Curiosamente sou muito bom em calculos envolvendo eletrônica digital ou física relacionado a eletricidade e eletrônica, lembro-me que passava noites em claro pra resolver problemas simples de matemática quando estava no SENAI e ao mesmo tempo deixava os colegas pirados, pois fazia calculos digitais de cabeça.....kkkkkkkkk, vá entender a cabeça de maluco,kkkkkkkkkk

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