Todo início de ano letivo a Prefeitura nos brinda com uma semana inteirinha de Jornada Pedagógica e mais uma vez eu já estava preparada para todo aquele blá, blá, blá interminável e utópico. Uma coisa é sermos idealistas e outra bem diferente é sermos utópicos (conheço alguém, amante destes encontros pedagógicos, que quando ler este texto vai me matar...kkkk). Vou fazer um aparte só para ilustrar essa questão de idealismo e utopia. Idealismo é quando eu quero atravessar uma ponte com um leão faminto e, sabendo que posso alimentá-lo o suficiente para ele não me enxergar como uma churrascaria, coloco meu objetivo em prática, tendo a certeza que, saciado, ele tirará aquela sonequinha e eu, confiante, atravessarei com tranqüilidade, solucionando o meu problema. Utopia é atravessar olhando-o com cara de paisagem, acreditando que aquela fera faminta enxergará este meu corpinho, cheinho de carne, como uma detestável saladinha de beterrabas. Em outra oportunidade escreverei mais sobre este tema.
Bom, agora que vocês já entenderam porque sempre fico um pouco, para não dizer muito, entediada nestes encontros, voltemos ao que interessa.
Este ano, voltando de uma viagem maravilhosa que fiz a São Paulo nas férias, recebi uma mensagem me informando que a abertura da tão famosa e esperada Jornada seria na Concha Acústica com um show de Jorge Vercilo. Uauuuuuuuuu! Realmente fiquei toda animada, já sentindo que algo estava melhorando no Reino Pedagógico. No dia seguinte ao show, que por sinal foi uma maravilha, fomos “convidadas” a participar do ciclo de palestras num complexo de cinemas que, para meu desespero, fica em frente a praia. Imaginem como pessoa aqui ficou morrendo de vontade de pegar uma prainha, depois de oito dias em São Paulo. Mas, para minha felicidade, as palestras seriam nas salas de cinema, onde não haveria janelas para me distrair com o astro rei me chamando.

Abrindo a caixa de Pandora, descobri que sofremos desta síndrome todos os domingos porque estamos saindo de dois dias em que temos a liberdade de horários, momentos, descansos, movimentos, experiências positivas ou negativas, ou seja, somos donos de nosso tempo e o utilizamos como achamos melhor. Na segunda-feira, mesmo amando o que faço, sou obrigada a cumprir horário e, querendo ou não, estando bem ou com uma bruta TPM, tendo dormido como um bicho-preguiça ou tendo uma noite com aquela insônia que só me faz desejar estar ao lado do Brad Pitt, pelo menos contando quantas vezes aquele deus grego ronca, vou ter que levantar as seis horas da manhã para cumprir minhas obrigações.
Já notaram como o despertador é mais agressivo na segunda-feira? Argh... Um horror!
Alguns vão filosofar, dizendo que a questão é que todo ser humano possui aos domingos uma certa rebeldia espiritual à rotina que se estabelece a partir da segunda-feira. Então, como explicar que pessoas que só conseguem existir e respirar tendo uma rotina (como é o caso de um de meus irmãos), também sofram deste mal?
Portanto, não é insatisfação com o trabalho e nem preguiça, é simplesmente uma vontade de acordar na segunda um pouco mais light e ir trabalhar na hora que o EU acordar, só para nos acostumarmos lentamente ao ritmo e rotina de mais uma semana.
Isso é sério... sofro há anos desse mal! Não sei onde peguei...
ResponderExcluirAdorei o blog. Risos... eu tenho a síndrome do garfield. Amo fim de semana.
ResponderExcluirAMIGA ABRINDO MEU BAÚ DESCOBRIR QUE MEU CASO É SÉRIO POIS DEVERIA ESTÁ LIVRE AOS SÁBADOS E DOMINGOS PARA CONFIRMAR ASSIM A SÍNDROME DE GARFIELD PORÉM CMO O PLANTÃO É DURO VC SABE PORQUE ....MEU CASO FICA AINDA MAIS ACENTUADO...SÓ PEDINDO AJUDA AO CAPITÃO CAVERNA rsrrsrsrs cris
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