quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mãe quase irmã!


Ser mãe é, definitivamente, um ato de amor. Amor incondicional, amor que inebria a alma e nos faz plenas. Mas é preciso amadurecimento para entender e até sentir esta plenitude. Hoje sei o que isto significa.
Fui mãe aos dezenove anos. Dezenove anos com layout e atitudes de dezesseis. Sempre fui meio Alice...rsrsrs Naquela época, quando descobri a gravidez, minha únicas preocupações eram a decepção que iria causar em minha mãe e o temor de enfrentar o meu pai, sergipano daqueles bem conservadores e bravos. Eu não conseguia dimensionar as mudanças que aconteceriam em minha vida.
Quando meu filho nasceu, descobri que teria que ter outra postura diante da vida, querendo ou não, mas não sabia por onde começar. Aquela criança linda (sou coruja mesmo...rsrs) dependeria de mim para tudo, tudo mesmo e isso foi me deixando bem assustada... Minha mãe ( sempre ela...rs) sabia que eu não daria conta de cuidar e educar um filho com tão pouca experiência de vida. Eu ainda me sentia uma adolescente em conflito, sendo educada e criada!  Ela, então, decidiu, graças a Deus, tomar as rédeas da educação do meu baby.
Nos primeiros anos de vida dele, eu era apenas coadjuvante e assistente. Trabalhando e estudando ainda, quase não tive tempo de curtir as primeiras impressões e descobertas. Quem acompanhou mesmo essa fase foi vovó e me relatava cada momentinho com entusiasmo, sempre me mostrando a importância que cada gesto, cada olhar, cada palavra minha teria na formação de sua personalidade. Aquilo me assustava ainda mais e muitas vezes eu me isentava de tomar atitudes e cedia o lugar para ela. Na verdade, me achava de uma incompetência ímpar, haja vista a grande educadora e mãe que a vovó sempre foi. Para aliviar um pouco minha consciência, costumava dizer que Deus queria mesmo que minha mãe tivesse cinco filhos em vez de quatro. Ela, teimosa, parou nos quatro e Ele deu um jeitinho do quinto vir de forma indireta...rsrs Falta de amor? Nãoooooooooo. Falta de maturidade e medo de não acertar.
Ele foi crescendo e eu também... Crescemos juntos, amadurecemos juntos! Me conscientizei mesmo de minha maternidade quando o meu Diego atravessava a adolescência. Por estar mais amadurecida e por me enxergar nele, fui tentando aos poucos me reconhecer como mãe e não como irmã mais velha. É claro que não acertava de primeira e sempre precisava daquela monitoria básica de mami, mas pelo menos já tinha perdido o medo e me esforçava. Fazê-lo me enxergar como mãe e não como irmã mais velha foi difícil e isso gerava inúmeros conflitos. Eu tentando ser a mãe e ele se rebelando, achando que eu não passava de uma irmã intrometida...rsrs Decidi caminhar por outra via e utilizei a estrada da amizade para chegar até ele. Não sei bem se agi assim de maneira consciente. Fui guiada pelo meu coração e acredito que deu certo.
Hoje ele tem 23 anos, se tornou um homem muito lindoooooo (olhe a corujice novamente,,,rsrs) e, o mais importante, de caráter irrepreensível. Tenho muito orgulho dele! Ele costuma dizer que sou uma mãe melhor amiga e isso me deixa com a certeza que, mesmo não tendo sido uma megamãe como a minha, consegui me tornar uma mãezona.
Compartilhamos tudo! Em nossa relação não existem segredos. Ainda temos os nossos conflitinhos e, acreditem, muitas vezes eu sou a filha e ele o paizão...rsrs, mas o melhor é que aprendemos juntos, diariamente, a saborear as delícias deste amor incondicional e pleno que une dois seres para sempre!

Di, eu te amo, amo, amo, amo.......

3 comentários:

  1. Ai, ai, falar de filho é tão bom...
    Meu caminho foi o contrário do seu. Tive uma mãe jovem, quase irmã, por isso achei melhor parir depois dos 30, qdo tivesse mais paciente, mais preparada(?)pra ser "a mãezona".
    Espero (e tenho certeza que vou)um dia falar de Bento com esse orgulho que vc fala de Diego.

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  2. AMIGA ACOMPANHO UM POUCO DE SUA VIDA DE MÃE E ADMIRO ESSE AMOR INCONDICIONAL!! E ME FAZ LEMBRAR EU E MEUS FILHOS AMADOS!!!MAS AINDA TENHO MUITO A GALGAR.. CRIS

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  3. rsrsrs enfim um comentario meu...vc sabe que nao preciso de internet para mostrar o quuanto te amo e o quanto vc é importante pra mim né?? mãe...temos nossas crises e nossos conflitinhos, mas saiba que voce além de uma mãe linda, é simplesmente a minha melhor amiga...que posso compartilhar tudo com vc sem ser julgado (essa parte depende do seu humor hahaha) TE AMO MAIS QUE TUDOOOO!!DI

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